Quarto Montessori para 2/ 3 anos
- Natália Rodrigues
- 10 de nov. de 2016
- 3 min de leitura
Antes de mais, não tenho a intenção de explicar o método montessoriano neste blog. Pretendo antes de mais, integrar o conceito montessoriano naquelas que eu acho que são as permissas base para a educação das nossas crianças - AMOR e CONFIANÇA. Já imaginaram um mundo onde todos confiamos e amamos incondicionalmente? Não é utópico! Está apenas na nossa capacidade de mudar! E tudo começa em nossa casa!
Quando o adulto é responsável pela educação de uma criança, seja como profissional ou familiar direto, a relação de vinculacão que estabelece com a criança deve ser de um sentimento de amor incondicional, no qual esteja subjacente o respeito pela própria essência da criança, e não pela expectativa daquilo que ele quer que a criança seja. Quando o EGO do adulto estiver controlado então tem as condições necessárias para educar num ambiente de confiança. Isto acontece quando o adulto deixa a criança fazer e experimentar, nas devidas condições de segurança, e sem deitar as mãos à cabeça com medo do que poderá acontecer.
O adulto deve ter sempre em atenção que é o responsável por dar as condições emocionais e fisicas para que a aprendizagem se manifeste da forma mais simples, pacífica e natural possivel. Comecemos pelo quarto dos pequenos. Ficam algumas dicas:

1. Todo o ambiente deve ser pensado de forma a estar nivelado ao tamanho da criança, para que a exploração seja feita de forma autónoma e segura.

2. A organização do espaço por zonas categorizadas é fundamental para que a criança aprenda num contexto de intencionalidade.
3. Os espaços devem permanecer arrumados, pela criança, e devem seguir uma lógica segundo as áreas de desenvolvimento infantis.
Área do Conhecimento de Si Própria e do Mundo
(Espelho, fotografias do bebe, dos pais, familia e conhecidos)
Área da linguagem
(leitura, trabalho de motricidade fina, reconhecimento visual das letras, ... )

O piso na área de leitura deve ser confortável de modo a convidar a criança a embarcar na viagem que cada livro as convida a fazer. Pessoalmente, optei pelo chão de tatami, confortável e colorido (cor não é algo nada preconizado por montessori, que defende um ambiente sem interferências cromáticas na atenção da criança, mas para mim no local certo e fundamental pelas suas potencialidades curativas e calmantes)
Área da Matemática
(raciocínio lógico, reconhecimento das formas, operações simples, contagens, reconhecimento visual dos números e de quantidades, ... )


Exemplo
- Rolos de papel higiénico com as formas para utilizar como carimbos depois de embebidos em tinta;
- Pedaços de cartão rígido recortadas com as diversas formas para a crianca as pintar e identificar.

Área do faz de conta
(normalmente a área da casinha onde a criança pode imitar a vida do adulto ... )
Neste caso, a brincadeira é um mini mercado, no qual os produtos estão devidamente arrumados por categorias. Neste método, os brinquedos de madeira são muito apreciados.
Área das artes
(criatividade, pintura, desenho, recorte, colagens, ... )

Áreas de arrumação de pertences pessoais devidamente identificadas.

No exemplo, eu própria pintei e recortei as imagens, colando-as posteriormente com papel autocolante nas gavetas. Refiro apenas que, para crianças muito pequenas, as gavetas em causa implicam força e não são as mais indicadas para iniciar este processo com a autonomia necessária. Para tal, e por motivos de segurança, o ideal são gavetas de plástico (como as que surgem nas fotos acima) ou de rede, leves e que não impliquem riscos.
Ficam apenas estas dicas. Mas prometo mais posts com mais novidades :)
Vivam incrivelmente in LOVE KI
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